Hiperhidrose

Doença que atinge 1% da população e que se caracteriza pela sudorese excessiva no corpo, sendo que as que mais constrangem são as que ocorrem nas mãos, axilas e pés. O rubor facial (vermelhidão) também entra nessa classificação.

Geralmente a hiperhidrose causa constrangimento social, sendo que as mãos frias e úmidas restringem o contato e a sudorese axilar, além de (algumas vezes) causarem forte odor, mancham as roupas, decorrendo em desagradável visual.

A causa da transpiração excessiva é pouco conhecida, mas a finalidade fisiológica é manter estável a regulação da temperatura corporal.

Várias formas de tratamento podem ser discutidas com o paciente, como o botox, que resolve temporariamente (durante algumas semanas), mas além de dolorido, é também dispendioso. Substâncias adstringentes podem ser administradas, com efeitos também temporários.

Medicamentos como Retemic (cloridrato de oxibutinina) 5 mg, pode ser usado, mas apresenta efeitos colaterais indesejáveis, como secura na boca e obstipação intestinal.

O tratamento definitivo é realizado por vídeo toracoscopia, cirurgia que é realizada bilateralmente na região torácica visando a clipagem ou secção por eletrocautério de segmento do nervo simpático, que se distingue ao longo da coluna torácica.

Como conseqüência da interrupção do nervo simpático naquela região, poderá surgir o que chamamos de “hiperhidrose compensatória”, ou seja, aquela transpiração que não vai mais para as mãos ou axilas, migrando para outra região por necessidade fisiológica.

A maioria dos pacientes operados tem hiperhidrose moderada na região torácica anterior e posterior, no entanto há um pequeno percentual que tem abundante hiperhidrose compensatória.

Geralmente, o paciente operado sai no mesmo dia do hospital e a cirurgia é realizada sob anestesia geral.

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